Por: Bispo José Elias Gomes
Não tem tanto tempo assim, mas também não foi ontem.
Ainda me sinto um garoto! Não me lembro de tudo, mas tem coisas que nunca a gente esquece...
Nesse tempo em que se faz as maiores escolhas da vida, eu acho que fui normal.
Sonhador, romântico e trabalhador. Comecei a trabalhar cedo, com 12 anos já vendia picolé, laranja e engraxava. Aprendi a trabalhar de pedreiro ajudando na igreja, aos 15 anos peguei minha primeira obra sob custódia de um inesquecível amigo e incentivador, diácono José de Arimatéia. Aos 18 já era construtor e comprei meu fusca. Embora tivesse o chamado, desde a adolescência, achava impossível pela "gagueira", ministrar a palavra. Mas eu a amava! Nunca esqueci as Sagradas Escrituras.
A obra foi importante, quando eu Deus me tirou para o ministério aos 28 anos eu já sabia que toda edificação é feita de : um tijolo após o outro, de um alicerce e uma cobertura, de beleza por fora e firmeza por dentro. Eu amava estudar, queria ser doutor, saber o "máximo" na área de construção, ser engenheiro. Não deu! Não tinha como conciliar, embora passando numa federal, minha família não tinha como pagar os custos e em Volta Redonda não tinha o horário noturno...
Fiz matemática por 2 anos, depois resolvi só trabalhar. Acho que o sonho de ser é um negócio de Deus para a juventude, ser para ter, per para dar mais para si e a própria família. Mas é preciso tomar cuidado: Aprender de verdade e esforçar, sem esquecer o soberano Deus, é vitória na certa! A área que mais importa nessa fase é geralmente a afetiva. Como é difícil ! Que loucura encontrar a pessoa "certa" !? E as desilusões!? Parecem que vão nos matar ! Acho que é o Senhor provando nesta época de maior "força" do ser humano como é difícil amar... Acaba com a gente ! Deus foi bom para comigo, só demorei 24 anos para encontrar a Cláudia e aí... em 11 meses, ela não me deixou escapar. Mas ser jovem não é fácil, para mim, não foi, provar para as pessoas o que somos e o que podemos não é tão difícil, mas provar para nós mesmos o que somos e o que podemos é cruel...
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